Curitiba
14 a 23 de Junho
Curitiba
14 a 23 de Junho

A importância da gestão de pessoas para as empresas inovadoras

COMPARTILHE

Conceito foi amplamente abordado nas palestras da manhã de hoje

A CEO do Grupo Falconi, Viviane Martins, abriu a manhã do último dia do Connect Week Summit levando diversas reflexões para o público presente sobre a relação entre inovação e a importância de uma excelente gestão de pessoas. Viviane explanou sobre sua vivência profissional e a importância de ter participado do desenvolvimento de diversos projetos globais, com culturais sociais diferentes da nossa, que permitiram um grande aprendizado de dores e valores das empresas nos quatro cantos do mundo. “Existem muitos paradigmas em cima do tema inovação, que muitas vezes não ajudam quem está realmente atuando na empresa. Se olharmos para o passado veremos que diversas mudanças históricas já envolveram inovação. O que precisamos fazer agora é analisar os grandes pilares das transformações já ocorridas, para conseguirmos desenvolver com efetividade essa inovação futura”, iniciou.

Viviane escolheu quatro destes pilares para explanar durante sua apresentação: Social, Modelo de Trabalho, Escala e Produtividade. Também dividiu o tempo que estamos vivendo (após a 4ª Revolução Industrial) em duas ondas: a primeira, que foi o grande impulso trazido pela transformação digital e o boom das startups, e a segunda, que envolve os questionamentos relacionados a ‘até onde a eficiência digital e a IA irá nos levar?’. “Muitos empresários me questionam por que a transformação digital não trouxe os resultados esperados? Porque as metodologias não foram bem praticadas e não houve  assertividade na gestão de pessoas”, respondeu a CEO, acrescentando que Metodologia Ágil em MVPs é  uma das ferramentas mais incríveis para a condução de projetos de inovação, “mas tem muita gente ainda usando de modo superficial”.

Segundo Viviane, as empresas maduras buscaram a inovação apenas na estratégia, sem mudar a transformação do seu modelo de negócios. “É preciso definir metas de inovação diferentes das metas de produção. Um dos maiores erros na definição das metas está no não alinhamento dos Okas com a estratégia. A estrutura organizacional precisa estar combinada com as metas, quando alinhamos com o time o que cada um tem que entregar, os resultados são mais efetivos”, pontuou.

Na opinião da CEO, o maior desafio para uma inovação eficaz é a gestão de pessoas. “É necessário que cada indivíduo busque seu auto- desenvolvimento, mas as empresas precisam atentar que os indivíduos estão em transição e que elas precisam investir nestas pessoas. Para inovar é preciso correr riscos, mas, para isso, o ambiente colaborativo necessita ser organizado”.

Em relação às startups, Viviane acredita que muitas não deram certo porque se apaixonaram pela solução e não pelo problema real. “A pergunta do MVP não é se a tecnologia é viável, mas se a solução do problema é viável”.

Por fim, ao comentar sobre o momento atual que vivemos relacionado à IA, Viviane destacou o desafio de interagir os colaboradores que fazem parte da ciência dos dados, com os demais. “É preciso mesclar as competências, por isso, a importância da cultura de colaboração”, finalizou.

Diversidade nas empresas como fator de inovação

Ao abordar o tema na segunda palestra da manhã do último dia do Connect Week Summit, Viviane Duarte, CEO da Plano Feminino, consultoria de gênero e diversidade, pontuou como é comum as pessoas tratarem tudo o que é fora do contexto de cada uma como sendo um “mimimi”. “Termos como homofobia, sexismo, racismo, por exemplo, vão perdendo valor por serem usados demasiadamente e de forma equivocada, mas, nem por isso, são inexistentes, irrelevantes, ou mera falação como muitos atribuem”, alertou Viviane.

A CEO da Plano enfatizou que diversidade é um ativo de negócios importantíssimo para o sucesso dos resultados. Citou exemplos de campanhas que deram errado por falta de atenção ao tema e indicou: “Como produzir campanhas que atinjam públicos diversos sem esbarrar nas questões de homofobia, sexismo, ou racismo? A sugestão é primeiro olhar para dentro da sua própria empresa. Quem são as pessoas e fornecedores que estão criando suas campanhas? Traga primeiro a inclusão para dentro da empresa”, colocou.

Viviane também chamou a atenção para a questão de que ser uma empresa diversa é diferente de ser uma empresa inclusiva. “Precisamos acabar com os vieses inconscientes e fazer com que os gestores entendam que têm muita gente de talento além da bolha na qual eles vivem”.

Texto: Básica Comunicações

Fotos: Hay Ramos