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O Governo do Estado do Paraná desempenhou um papel crucial no sucesso do Connect Week 2024, ao apoiar uma das maiores e mais importantes iniciativas de inovação do país. Através de secretarias governamentais e universidades estaduais, o governo promoveu ativamente o desenvolvimento da inovação no Estado, contribuindo significativamente para o êxito do evento.
(Aldo Nelson Bona – Foto: Divulgação)
Em uma entrevista exclusiva ao blog do Connect Week, o Secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná, Aldo Nelson Bona, discutiu a importância da semana de inovação e destacou o trabalho da SETI em prol do avanço tecnológico no estado. Leia a entrevista completa a seguir:
Como a SETI analisa o impacto do apoio ao Connect Week na promoção da ciência, tecnologia e inovação no Paraná?
O Connect Week consegue envolver instituições diversas e multidisciplinares que produzem ciência, tecnologia e inovação. A estratégia de promover eventos simultâneos com uma grande variedade de temas atrai participantes de diferentes setores e interesses. Neste evento a Seti teve a oportunidade de apresentar para a sociedade paranaense as pesquisas realizadas pelas universidades estaduais e os principais programas e projetos em execução atualmente. Essa troca de experiências resultou em parcerias para Pesquisa e Desenvolvimento, com repercussão até mesmo em outros estados, que irão fomentar a inovação no Paraná.
Esse espaço para diálogo e troca de ideias fortalece o Paraná como um ambiente favorável em torno da inovação transformando-o em motor do desenvolvimento ancorado no processo de produção de conhecimento.
Foram dias intensos com atividades que estimularam a cultura do empreendedorismo inovador. No Connect Week diversos ecossistemas de inovação do estado, que pulsam no interior e na capital, se encontraram e cooperaram possibilitando a troca de expertises, ou ainda contato com novos casos de sucesso na área de P&D, crescendo ainda mais.
Ainda no Connect Week o governador Carlos Massa Ratinho Junior anunciou diversas ações, como a liberação de recursos e novo credenciamento para o Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação. É a ciência e tecnologia impulsionando o desenvolvimento do nosso Estado.
Quais resultados concretos e transformações vocês esperam alcançar a curto e longo prazo para a comunidade de inovação e startups em Curitiba e no Paraná, especialmente em termos de aceleração da transformação digital e inovação nas empresas paranaenses?
Em 2023, o Paraná lançou um edital para o credenciamento de ambientes promotores de inovação com o objetivo de ampliar o número de ambientes cadastrados em todas as regiões do estado. A partir desse credenciamento, vamos expandir o movimento de consolidação de iniciativas que almejam a geração de novos negócios e, na medida das possibilidades, promover o incentivo e a indução pelo fomento.
Estamos empenhados em concretizar parcerias na área de pesquisa e desenvolvimento. Acreditamos que a partir desse trabalho conjunto, é possível construir soluções tecnológicas para demandas que contribuem com o desenvolvimento do Estado e assim consolidar o Paraná como um polo tecnológico que seja referência nacional.
Ao fortalecer a cultura da inovação e apoiar o empreendedorismo, temos a possibilidade de aumentar o número de empresas, especialmente com alto valor agregado tais como empresas unicórnios, startups com preço de mercado de mais de 1 bilhão de dólares.
Quais setores vocês consideram mais beneficiados por essas iniciativas?
O setor de tecnologia é um dos mais impactados pelas iniciativas desenvolvidas no Estado e pela realização de eventos como o Connect Week. Entendemos que a tecnologia é uma área central que converge com diferentes temas. Podemos aplicar soluções tecnológicas em inúmeras áreas estratégicas para o estado, como é o caso da agricultura, saúde e educação e assim impactar positivamente a sociedade.
Transformar o resultado de uma pesquisa em um produto ou serviço útil à sociedade é outro tema beneficiado pela participação da Seti no evento. Pois, a rede de contatos e exposição das pesquisas realizadas pelas universidades públicas estaduais, aumenta as chances de instigar investidores a transformar propriedade intelectual em produtos e serviços para o mercado.
A área de pesquisa e desenvolvimento também tem ganhado destaque. Para criar algo novo e buscar o aperfeiçoamento é fundamental estar atento às novas tendências que surgem, por isso é uma área fortemente beneficiada pelas iniciativas que estamos desenvolvendo.
Quais são as principais iniciativas da SETI em curso atualmente para fomentar a inovação no Paraná? Como essas iniciativas estão impactando positivamente o ecossistema de startups e empresas de tecnologia no estado?
Uma grande iniciativa foi um conjunto de legislações que favorece os ambientes promotores de inovação tornando-os mais dinâmicos no Paraná, que chamamos de Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação.
As normativas que compõem o marco legal são resultado de um processo de diálogo com diferentes setores da sociedade, tendo como ponto de partida a Lei nº 20.541/2021, também chamada de Lei Estadual de Inovação do Paraná. Outras legislações, como a Lei nº 20.537/2021 e a Lei nº 20.933/2021, denominadas Lei das Fundações de Apoio e Lei Geral das Universidades (LGU), respectivamente, contribuem para reduzir limitações burocráticas nos ecossistemas de inovação.
A partir dessa articulação, surgiram novas possibilidades no que diz respeito a inovação nas instituições. Os núcleos e agências de inovação das universidades estaduais têm como objetivo criar e gerenciar a política de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica, bem como a viabilização de estratégias e ações relacionadas à propriedade intelectual.
Um exemplo de resultado concreto por conta dessas ações é a viabilidade de criação de empresas dentro das universidades, as spin-offs. O Paraná tem 19 spin-offs criadas por professores nas universidades estaduais que desenvolvem soluções em áreas como agricultura e inteligência artificial.
Para colocar as universidades a serviço da sociedade, criamos o programa Ageuni, para o qual lançamos em 2023 o primeiro edital de fomento invertido. Nesse programa a sociedade apresenta as suas demandas para que as universidades apresentem soluções. O objetivo é incentivar o desenvolvimento socioeconômico do Paraná.
Vinculado à Ageuni, está o Prime que consiste em um programa que auxilia os pesquisadores a transformarem suas pesquisas em produtos. É uma maneira de fortalecer a relação entre as universidades e o setor produtivo.
Podemos citar várias outras iniciativas, como as que se destinam ao fomento dos ambientes promotores de inovação, à formação de gestores para esses ambientes, a formação e retenção de talentos em TICs.
Como a SETI está trabalhando para garantir a inclusão digital e a democratização do acesso à tecnologia no Paraná? Quais programas específicos estão sendo implementados e quais resultados já foram alcançados?
Estamos trabalhando na expansão da Rede Paranaense de Pesquisa e Educação com a criação de infraestrutura para o compartilhamento de computadores de alta performance (HPC). A proposta é interligar 56 municípios paranaenses para fornecer internet de alta velocidade e garantir a inclusão digital em todo o Estado.
Outra iniciativa que apoiamos é o Manna, um ecossistema de ensino, pesquisa, extensão e inovação em Tecnologias Exponenciais, desenvolvido na Universidade Estadual de Maringá. Além de realizar pesquisa científica nas áreas de microeletrônica e computação, o projeto estimula o surgimento de uma nova geração de profissionais da área.
Estamos apoiando o programa Talento Tech-PR em pareceria com as secretarias de Estado do Planejamento; da Inovação, Modernização e Transformação Digital; e da Educação. A ideia é qualificar 3 mil alunos oferecendo cursos gratuitos e bolsas remuneradas em Tecnologia da Informação e Comunicação. Os estudantes selecionados são dos 50 municípios com menor Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM). O objetivo é que os futuros profissionais continuem atuando em suas cidades após a conclusão do projeto, e assim, contribuindo para o desenvolvimento econômico e a geração de valor na estrutura produtiva local.
Quais são as parcerias estratégicas da SETI com outras entidades e instituições, tanto nacionais quanto internacionais, para promover a ciência, tecnologia e inovação no Paraná?
É por meio das universidades que desenvolvemos diversos projetos em todas as áreas do conhecimento. Também é por meio delas que firmamos termos de cooperação internacional de transferência de tecnologia para impulsionar o desenvolvimento de soluções tecnológicas.
Além das universidades, há outras organizações com o compromisso de promover a inovação no Paraná. A Fundação Araucária é uma fundação de amparo à pesquisa que busca o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Estado do Paraná, por meio de investimentos em ciência, tecnologia e inovação.
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) é uma empresa pública do Governo do Estado que atua principalmente na produção de insumos para a área da saúde e em soluções tecnológicas.
Como a SETI enxerga o papel das tecnologias emergentes, como inteligência artificial e internet das coisas, no desenvolvimento econômico e social do Paraná? Quais projetos estão sendo desenvolvidos nessa área?
Entendemos que as mudanças tecnológicas são rápidas e é fundamental acompanhar essa evolução. As tecnologias emergentes possibilitam o desenvolvimento de diversos estudos. Uma das iniciativas na área que apoiamos é o Hub de Inteligência Artificial criado em Londrina que tem como objetivo promover a adoção de tecnologias de inteligência artificial pelo setor industrial paranaense e brasileiro.
Para demonstrar a importância das tecnologias emergentes, durante o Connect Week, o Governo do Paraná lançou as Diretrizes para Adoção da Inteligência Artificial (AI) na Administração Pública Estadual. Um documento que prevê a utilização de IA na melhoria dos serviços públicos, na eficiência da gestão e no desenvolvimento socioeconômico do Paraná. A expectativa é integrar o setor privado, universidades e a disseminação da cultura de inovação em todo o governo.
Também nesse campo apostamos na importância da formação e retenção de quadros qualificados. Por isso temos estruturado um conjunto de cursos de formação, como o Bacharelado em Ciência de Dados e Inteligência Artificial e o Tecnólogo em Big Data no Agro.
Qual é o futuro do ecossistema de inovação que a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná almeja alcançar em nível internacional.
Queremos que a ciência e inovação produzidas no Paraná sejam referência internacional. Também buscamos parcerias com outros países para promover o intercâmbio de cientistas e para somar esforços no desenvolvimento científico.
Neste ano, estivemos em uma missão técnica em Portugal para conhecer os ambientes promotores de inovação do país europeu. A nossa percepção foi de que estamos desenvolvendo boas estratégias, muito similares ao caminho trilhado por Portugal, e que trouxeram bons resultados ao país.
A Fundação Araucária lançou o programa Ganhando o Mundo Ciência, que possibilita o intercâmbio para estudantes de graduação e de pós-doutorado que terão acesso ao ensino e tecnologia oferecidos por universidades estrangeiras de países como o Japão, Canadá, Estados Unidos e países da Europa.
Almejamos que com esse esforço, o Paraná se torne o melhor estado da Nação para o desenvolvimento de ecossistemas de inovação e para novos negócios disruptivos.
Quais são os principais destaques e atrações do Connect Week deste ano que vocês acreditam que irão impactar mais os participantes e promover a inovação?
A diversidade de temas abordados nas palestras promovidas durante o evento foi um dos pontos fortes que proporcionou uma atualização sobre temáticas importantes. Áreas como economia, finanças, inteligência artificial, ciência de dados e marketing foram tratados em diversos segmentos que contemplam as áreas prioritárias do Paraná, como agricultura, biotecnologia & saúde e cidades inteligentes. Foram apresentadas várias estratégias que podem contribuir com os nossos programas e projetos, tendo como princípio a inovação.
Os convidados abordaram temas como a atração de empresas de tecnologia; o incentivo para tecnologias avançadas para aumentar a produtividade empresarial; o desenvolvimento de produtos, serviços e processos mais eficientes e sustentáveis. Certamente isso tudo impactou os participantes e está inspirando novas atitudes que impulsionarão ainda mais o movimento da inovação no Paraná.
Como a SETI avalia a evolução do Connect Week ao longo dos anos, especialmente após a transição do Viasoft Connect para o Connect Week Summit? Quais novas iniciativas ou formatos foram introduzidos nesta edição para melhor atender as necessidades do ecossistema de inovação e startups, considerando a fusão entre o Viasoft e o movimento Connect Week?
Avaliamos como bastante positiva essa evolução e sentimos que caminhamos para ter um grande evento no estado que se transforme na vitrine do Paraná para o mundo sobre o movimento dos ecossistemas de inovação.
Destacamos, sobretudo, o espaço aberto para que as instituições de ensino superior apresentassem seus principais projetos e resultados na produção de produtos, a partir do conhecimento produzido nos laboratórios, entre eles a Arena Separtec+, local onde diversos ambientes promotores de inovação puderam apresentar suas boas práticas.
A inovação está desempenhando um papel cada vez mais importante no desenvolvimento econômico e social do Paraná. Em entrevista exclusiva para o blog do Connect Week, Thiago Marcelino, coordenador de desburocratização dos serviços públicos da Secretaria de Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI), detalhou como o Connect Week e outras iniciativas estão promovendo a cultura da inovação no estado. Confira em primeira mão a entrevista na íntegra.
(Thiago Marcelino – Foto: Divulgação)
Como a SEI enxerga o impacto do apoio ao Connect Week na promoção da ciência, tecnologia e inovação no Paraná?
A Secretaria de Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) do Paraná vê o Connect Week como um evento crucial para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no estado. Ao proporcionar um espaço para networking, palestras e exposições, o evento facilita a troca de conhecimentos e experiências entre startups, empresas de tecnologia, universidades e investidores. Esse ambiente colaborativo é essencial para fomentar novas ideias, incentivar a pesquisa e desenvolvimento, e acelerar a transformação digital em diversas indústrias.
Quais resultados concretos e transformações vocês esperam alcançar a curto e longo prazo para a comunidade de inovação e startups em Curitiba e no Paraná, especialmente em termos de aceleração da transformação digital e inovação nas empresas paranaenses?
A curto prazo, a SEI espera ver um aumento no número de startups e empresas de tecnologia emergentes, bem como a implementação de novos projetos de inovação com empresas já estabelecidas. A longo prazo, a expectativa é criar um ecossistema robusto de inovação que não só retenha talentos locais, mas também atraia investimentos nacionais e internacionais. Essa transformação digital contínua deve resultar em maior competitividade das empresas paranaenses, impulsionando o desenvolvimento econômico e social do estado.
Quais setores vocês consideram mais beneficiados por essas iniciativas?
Setores como tecnologia da informação, agronegócio, saúde e educação são considerados os mais beneficiados pelas iniciativas da SEI. O agronegócio, em particular, pode se beneficiar da adoção de tecnologias emergentes como inteligência artificial e internet das coisas, melhorando a eficiência e sustentabilidade. Já na saúde, a inovação tecnológica pode resultar em melhores serviços e atendimento à população, enquanto na educação, pode proporcionar métodos de ensino mais modernos e acessíveis.
Quais são as principais iniciativas da SEI em curso atualmente para fomentar a inovação no Paraná? Como essas iniciativas estão impactando positivamente o ecossistema de startups e empresas de tecnologia no estado?
A SEI está desenvolvendo diversas iniciativas, como programas de fomento a startups, como o Edital Paraná Anjo Inovador e o Inova Juro Zero. Essas iniciativas estão criando um ambiente propício para a inovação, onde startups e empresas de tecnologia podem crescer e prosperar. O impacto positivo é evidente no aumento de novas empresas, na criação de empregos qualificados e na consolidação do Paraná como um polo de inovação.
Como a SEI está trabalhando para garantir a inclusão digital e a democratização do acesso à tecnologia no Paraná? Quais programas específicos estão sendo implementados e quais resultados já foram alcançados?
A SEI está empenhada em garantir a inclusão digital através de programas como o Talento Tech Paraná, que visa a capacitação tecnológica nos municípios com menor IDH do estado. Resultados significativos incluem o aumento do acesso à internet em áreas rurais e a capacitação de milhares de jovens em habilidades digitais.
Quais são as parcerias estratégicas da SEI com outras entidades e instituições, tanto nacionais quanto internacionais, para promover a ciência, tecnologia e inovação no Paraná?
A SEI tem estabelecido parcerias estratégicas com universidades, centros de pesquisa, empresas de tecnologia e organismos internacionais. Parcerias com instituições como a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) são fundamentais para o desenvolvimento de projetos de pesquisa e inovação. Internacionalmente, colaborações com entidades europeias e norte-americanas estão facilitando a troca de conhecimentos e tecnologias avançadas.
Como a SEI enxerga o papel das tecnologias emergentes como inteligência artificial e internet das coisas no desenvolvimento econômico e social do Paraná? Quais projetos estão sendo desenvolvidos nessa área?
A SEI vê as tecnologias emergentes como pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico e social do Paraná. Projetos de conectividade rural estão sendo formatados para a utilização da internet das coisas para melhorar a infraestrutura urbana e a gestão pública. Em relação à inteligência artificial, a SEI abriu um edital para contratação de um Diretor de Transformação Digital com foco em IA, para trazer programas e projetos a todo o estado.
Qual é o futuro do ecossistema de inovação que a Secretaria de Inovação, Modernização e Transformação Digital do Paraná almeja?
A SEI almeja um ecossistema de inovação dinâmico e autossustentável, onde a colaboração entre governo, empresas, universidades e sociedade civil seja constante. O objetivo é transformar o Vale das Araucárias, ecossistema de inovação do estado, em um ambiente que favoreça a criação de novas tecnologias, empresas e empregos, posicionando o Paraná como um líder nacional e internacional em inovação. A visão de futuro inclui a atração de investimentos, retenção de talentos e expansão global das startups paranaenses.
Quais são os principais destaques e atrações do Connect Week deste ano que vocês acreditam que irão impactar mais os participantes e promover a inovação?
Os destaques do Connect Week 2024 incluem palestras de renomados especialistas em tecnologia, workshops práticos sobre inteligência artificial e internet das coisas, e uma feira de inovação com startups apresentando suas soluções inovadoras, assim como as rodadas com investidores para conexão com as startups do estado.
Como a SEI avalia a evolução do Connect Week do ano passado para este ano, especialmente após a transição do Viasoft Connect para o Connect Week Summit? Quais novas iniciativas ou formatos foram introduzidos nesta edição para melhor atender às necessidades do ecossistema de inovação e startups considerando a fusão entre o Viasoft e o movimento Connect Week?
A transição do Viasoft Connect para o Connect Week Summit foi vista como um passo positivo pela SEI, permitindo uma maior integração e amplitude nas atividades e temas abordados. Conectando dezenas de eventos em uma semana diversificada de temas, essas mudanças visam proporcionar um ambiente mais colaborativo e de maior impacto para todos os participantes.
Resultado da edição deste ano demonstra que o evento idealizado em 2019 tem trilhado o caminho do sucesso
O Connect Week 2024, finalizado na última semana na capital paranaense, superou todas as expectativas da organização. Os 108 eventos realizados simultaneamente tiveram adesão maciça de atores públicos e privados, e a inserção do ecossistema das instituições de ensino no processo.
“Ainda estamos contabilizando os participantes, mas estimamos que tivemos cerca de 100 mil pessoas acompanhando a vasta programação que foi realizada em toda a malha urbana de Curitiba”, comemora Itamir Viola, organizador e idealizador do movimento.
Com a proposta de ser uma edição mais abrangente e democrática, simbolizada inclusive no slogan, “Inovação para todos”, o Connect Week também ampliou os horizontes de seu evento master, o Viasoft Connect, transformando-o em Connect Week Summit, uma marca white label, que buscou agregar mais parceiros ao processo.
“Neste ano, tivemos mais de 150 marcas presentes e um público altamente qualificado que, além do networking, buscou efetivamente a realização de parcerias e negócios”, destaca Viola.
Uma iniciativa inédita no Brasil
Viola enfatiza que a metodologia exclusiva e inédita proposta pelo movimento está revolucionando a forma de fazer eventos no Brasil. “Nós nos posicionamos como um festival de inovação, tendo como meta principal engajar parceiros que promovam eventos com o DNA da inovação, desdobrando um universo de possibilidades. Toda esta movimentação gera um fluxo enorme de visitantes, que precisam ser bem acolhidos pelos setores de turismo, hotelaria, gastronomia e lazer”, explica.
Inovatour
O turismo, aliás, também foi impactado pelo evento que, nesta edição, contou com o lançamento do Inovatour, roteiro de inovação inédito no Brasil, coordenado pelo Connect Week e pelo Instituto Synapse, que ofereceu uma imersão nos principais ecossistemas de inovação existentes na cidade.
O ineditismo do Inovatour também é relevante, colocando Curitiba em destaque no Brasil rumo a se tornar a cidade mais inovadora do país. “Curitiba é pioneira com uma proposta tão inovadora e abrangente, algo sem precedentes no país”, diz Gislaine Queiroz, presidente do Curitiba Convention & Visitors Bureau (CCVB) – parceiro do projeto.
Curitiba se movimentou na semana da inovação
A realização de 108 eventos só foi possível graças à adesão e ao engajamento de parceiros. Pelas mãos deste time de fomentadores de inovação, foram promovidos eventos como o Transformation LABs, o Senac Innovation Talk, o Opet Talks – Inteligência artificial como ferramenta de inovação, o Dinossauros do Brasil – 170 milhões de anos de evolução e Dias Vulcânicos (ambos direcionados ao público infantil), o LINK Sebrae, o TechDay Unifatec, o Encontro Maker – Conhecendo o Fab Lab, os workshops da Universidade Positivo, o ETI Summit, o Conexão DTI – Turismo de Inovação, o 11º Beste Midia, as palestras da ADVB-PR sobre vendas, comunicação e marketing, o ConectaPR, o Business Round Vale do Pinhão, o OM Mídia Day, o lançamento do Inovatour, o TIVIT Digital Innovation e muito mais.
Connect Week Summit
Considerado o evento “âncora” da semana, o Connect Week Summit abriu a sua programação com um ato solene realizado no Teatro Positivo e a palestra do Ex-Ministro da Fazenda e Ex-Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
A democrática trilha de conteúdo da edição 2024 do Connect Week Summit também é destacada pelo organizador do evento. “Neste ano tivemos cerca de 350 palestrantes, todos especialistas em sua área de atuação. Focamos em palestras que trouxessem inovação e tecnologia em seu core, mas tivemos um olhar holístico e também entregamos aos participantes aquilo que está em pauta no mercado. Desta forma, abordamos nesta edição a questão ambiental e climática, a IA, Megatendências e o bem-estar atrelado ao uso da tecnologia, entre outros temas”, enumera.
Para a diretora do Connect Week Summit, Iolanda Viola, a quantidade de negócios gerados na feira foi realmente o grande diferencial deste ano. “Muitos leads foram assinados, muitos investidores presentes e um networking expressivo marcaram esta edição”, enfatizou Iolanda.
Corrida da Inovação
Para encerrar a semana, no domingo (23/06) aconteceu a Corrida da Inovação. A segunda edição da prova já faz parte de uma das etapas do circuito de ruas de Curitiba, validando pontuação para os corredores no ranking de 2024. Para esta edição da corrida foram 4.489 inscritos.
A iniciativa teve arquibancada para os familiares e amigos assistirem às largadas e chegadas. Foram premiados 1º, 2º e 3º colocados em cada percurso (5 e 10 km), categorias feminino e masculino. E os 1º, 2º e 3º lugares na prova infantil mista.
Movimento em 2025
Para 2025, já está sendo desenhando um novo modelo de Summit, dividido por pavilhões temáticos e por segmentos de negócios. “A ideia é entregar ao participante uma experiência diferente, já começamos a idealizar a edição do ano que vem, tendo sempre como diretriz surpreender nossos participantes”, instiga Itamir Viola. O Connect Week tem a correalização do Instituto Synapse.
2ª edição da corrida encerra o Connect Week 2024, que contou com 108 eventos durante a semana e um público de cerca de 100 mil pessoas
O Connect Week, movimento de inovação que aconteceu em Curitiba de 14 a 23 de junho, foi encerrado no domingo (23/06), com a 2ª Corrida da Inovação, que teve seu percurso dentro do Campus da Universidade Positivo.
Em 2023 a corrida foi realizada como um projeto piloto e bateu o recorde de inscrições dentro do Circuito de Ruas de Curitiba, contando com 2,7 mil participantes. A partir deste ano, ela já faz parte de uma das etapas do circuito de ruas de Curitiba, validando pontuação para os corredores no ranking de 2024. Para esta edição da corrida foram 4.489 inscritos,
Além da estrutura para os atletas, como área de aquecimento, pórtico de largada, pontos de hidratação, área de frutas, guarda volumes e pódio para premiações, a iniciativa teve uma arquibancada para os familiares e amigos assistirem às largadas e chegadas, atividades recreativas com a equipe do Serviço Social do Comércio-PR (SESC), o apoio da Secretaria Municipal do Esporte, Lazer e Juventude (SMELJ), palco com bandas, food truck´s e muito mais. A corrida teve a correalização da Universidade Positivo.
Foram premiados 1º, 2º e 3º colocados em cada percurso (5 e 10km), categorias feminino e masculino, e 1º, 2º e 3º colocados na prova infantil mista.
Circuito Corridas Curitiba – O Circuito Corridas Curitiba é um evento esportivo e está em sua 10ª Edição, visando promover a saúde, o lazer e a integração dos moradores e visitantes da capital paranaense. O circuito de 2024 é inspirado no reconhecimento de Curitiba como a cidade ecologicamente correta e sustentável.
O circuito conta com 7 etapas distribuídas ao longo do ano, incluindo a Meia Maratona de Curitiba 2024, e passará por diversos pontos turísticos, históricos, culturais e naturais, conectando os corredores a diferentes partes da cidade.
25/02 – PINHAIS
07/04 – PRAÇA AFONSO BOTELHO
23/06 – UNIVERSIDADE POSITIVO
21/07 – MEIA MARATONA DE CURITIBA 2024
25/08 – PARQUE NÁUTICO
29/09 – DÁRIO LOPES
24/11 – PARQUE BARIGUI
Fotos: Inove Fotos
Anúncio foi feito ao final do evento que comemora os números desta edição
O Connect Week Summit terminou em clima de comemoração com a final do reality das startups, Rocket 2024, realizado pela Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e com apoio do Vale do Pinhão, por meio da Prefeitura e da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação. Este ano, a competição reuniu 23 startups em 15 episódios que mostraram as disputas entre os participantes em provas dinâmicas e desafiadoras que testaram, de forma lúdica, o potencial empreendedor de cada iniciativa.
Durante a final no Connect, cada um dos participantes apresentou seu pitch a um júri especializado e a Vietech – facilitadora de aprendizagem por meio de kits de robótica educacional – foi a grande vencedora.
Comunicação clara
Paralelo ao Rocket, entre as atividades que aconteceram durante a tarde do evento, a co-fundadora do MotivaRio, Márcia Vital, destacou questões relacionadas a uma cultura organizacional baseada em treinamento e comunicação. “Hoje em dia as empresas estão muito preocupadas com a chegada da tecnologia, mas eu não vejo como ameaça, e sim, como uma aliada. No entanto, quando uma ferramenta nova chega em uma empresa é preciso que ela tenha um setor de treinamento e capacitação envolvido em preparar as equipes por meio de uma comunicação clara e aberta. As resistências às tecnologias acontecem nas empresas que não têm uma comunicação assertiva”, enfatizou Márcia.
Ciborgues
Pedro Dória, colunista da CNB, também foi um dos palestrantes da tarde de hoje com o tema: “Você e sua equipe também estão preparados para a IA?”. “Não faremos mais nada sem IA. O desenvolvimento desta tecnologia é exponencial e cada vez mais viraremos ciborgues, portanto, quem se envolver primeiro terá mais vantagem competitiva”, destacou Dória, acrescentando que as pessoas que não gostam de mudanças rápidas serão as mais difíceis para se adaptarem.
Equidade
A diretora de Produto e Marketing de Inclusão no Google, Melina Lopez, falou sobre características dos líderes (mentalidade de crescimento, segurança psicológica e sendo de aprendizes), e a importância do olhar sistêmico para a equidade. “Isso é mais difícil do que o olhar para a inclusão”, afirmou Melina, citando a mentoria Buddys e o Programa NextSteps realizados pelo Google, onde um é sobre “amigos receberem os demais que estão chegando” e outro direcionado às pessoas negras, que envolveu o rompimento da barreira estrutural do “ter que falar Inglês”.
Balanço
Os números desta edição do Connect Week Summit, 350 palestras nacionais e internacionais, 9 plenárias, 150 expositores e a presença de delegações nacionais e internacionais demonstram a assertividade da proposta deste movimento que transformou Curitiba na capital da Inovação. “Tantas pessoas maravilhosas, importantes e engajadas passaram pelo evento nestes três dias, comprovando que todo o envolvimento do meu time para que tudo isso acontecesse, valeu a pena”, comemora Itamir Viola, CEO da Viasoft e organizador do evento.
A diretora do Connect Week Summit, Iolanda Viola, destacou a quantidade de negócios gerados na feira como um grande diferencial deste ano. “Muitos leads foram assinados, muitos investidores presentes e um networking expressivo marcaram a edição este ano”, ressalta Iolanda.
Encerramento
A entrega da bandeira da inovação para o Rio Innovation marcou o encerramento do evento com o anúncio da data do Connect Week Summit 2025: de 10 a 13 de junho.
Texto: Básica Comunicações
Fotos: Hay Ramos
Conceito foi amplamente abordado nas palestras da manhã de hoje
A CEO do Grupo Falconi, Viviane Martins, abriu a manhã do último dia do Connect Week Summit levando diversas reflexões para o público presente sobre a relação entre inovação e a importância de uma excelente gestão de pessoas. Viviane explanou sobre sua vivência profissional e a importância de ter participado do desenvolvimento de diversos projetos globais, com culturais sociais diferentes da nossa, que permitiram um grande aprendizado de dores e valores das empresas nos quatro cantos do mundo. “Existem muitos paradigmas em cima do tema inovação, que muitas vezes não ajudam quem está realmente atuando na empresa. Se olharmos para o passado veremos que diversas mudanças históricas já envolveram inovação. O que precisamos fazer agora é analisar os grandes pilares das transformações já ocorridas, para conseguirmos desenvolver com efetividade essa inovação futura”, iniciou.
Viviane escolheu quatro destes pilares para explanar durante sua apresentação: Social, Modelo de Trabalho, Escala e Produtividade. Também dividiu o tempo que estamos vivendo (após a 4ª Revolução Industrial) em duas ondas: a primeira, que foi o grande impulso trazido pela transformação digital e o boom das startups, e a segunda, que envolve os questionamentos relacionados a ‘até onde a eficiência digital e a IA irá nos levar?’. “Muitos empresários me questionam por que a transformação digital não trouxe os resultados esperados? Porque as metodologias não foram bem praticadas e não houve assertividade na gestão de pessoas”, respondeu a CEO, acrescentando que Metodologia Ágil em MVPs é uma das ferramentas mais incríveis para a condução de projetos de inovação, “mas tem muita gente ainda usando de modo superficial”.
Segundo Viviane, as empresas maduras buscaram a inovação apenas na estratégia, sem mudar a transformação do seu modelo de negócios. “É preciso definir metas de inovação diferentes das metas de produção. Um dos maiores erros na definição das metas está no não alinhamento dos Okas com a estratégia. A estrutura organizacional precisa estar combinada com as metas, quando alinhamos com o time o que cada um tem que entregar, os resultados são mais efetivos”, pontuou.
Na opinião da CEO, o maior desafio para uma inovação eficaz é a gestão de pessoas. “É necessário que cada indivíduo busque seu auto- desenvolvimento, mas as empresas precisam atentar que os indivíduos estão em transição e que elas precisam investir nestas pessoas. Para inovar é preciso correr riscos, mas, para isso, o ambiente colaborativo necessita ser organizado”.
Em relação às startups, Viviane acredita que muitas não deram certo porque se apaixonaram pela solução e não pelo problema real. “A pergunta do MVP não é se a tecnologia é viável, mas se a solução do problema é viável”.
Por fim, ao comentar sobre o momento atual que vivemos relacionado à IA, Viviane destacou o desafio de interagir os colaboradores que fazem parte da ciência dos dados, com os demais. “É preciso mesclar as competências, por isso, a importância da cultura de colaboração”, finalizou.
Diversidade nas empresas como fator de inovação
Ao abordar o tema na segunda palestra da manhã do último dia do Connect Week Summit, Viviane Duarte, CEO da Plano Feminino, consultoria de gênero e diversidade, pontuou como é comum as pessoas tratarem tudo o que é fora do contexto de cada uma como sendo um “mimimi”. “Termos como homofobia, sexismo, racismo, por exemplo, vão perdendo valor por serem usados demasiadamente e de forma equivocada, mas, nem por isso, são inexistentes, irrelevantes, ou mera falação como muitos atribuem”, alertou Viviane.
A CEO da Plano enfatizou que diversidade é um ativo de negócios importantíssimo para o sucesso dos resultados. Citou exemplos de campanhas que deram errado por falta de atenção ao tema e indicou: “Como produzir campanhas que atinjam públicos diversos sem esbarrar nas questões de homofobia, sexismo, ou racismo? A sugestão é primeiro olhar para dentro da sua própria empresa. Quem são as pessoas e fornecedores que estão criando suas campanhas? Traga primeiro a inclusão para dentro da empresa”, colocou.
Viviane também chamou a atenção para a questão de que ser uma empresa diversa é diferente de ser uma empresa inclusiva. “Precisamos acabar com os vieses inconscientes e fazer com que os gestores entendam que têm muita gente de talento além da bolha na qual eles vivem”.
Texto: Básica Comunicações
Fotos: Hay Ramos